Tudo o que as mulheres quer quando vai para a cama é ser satisfeita e satisfazer o (a) parceiro (a). Em termos práticos, gozar e fazer o outro gozar.

Geralmente o cara sabe como gosta de transar e até orienta a parceira. Mas e a gente? Nós, mulheres, gostamos do que? É muito fácil (e injusto) com o seu parceiro esperar que ele te dê um orgasmo se nem você sabe como alcançar um. Se esse for o seu caso, esse artigo aqui do blog pode te ajudar. 

Eu fico pensando na pressão que deve ser levar uma mulher para cama e ter que descobrir do que ela gosta e não gosta. Honestamente? A maioria das mulheres não sabe. E você, será que você realmente se conhece?

Responda com sinceridade, com quantas dessas evidências de que você mesma não se conhece você se realmente identifica?

  • Você nunca olhou a sua vagina no espelho

Sério, a sua relação com ela limita-se a uns míseros minutinhos no banho, no qual você se certifica que ela ficou limpinha e pronto. Nada mais além disso. Nenhum toque especial, nenhuma intimidade. Ela é sua. Orgulhe-se, contemple a sua vagina, encontre os pontos mais sensíveis, perceba onde você sente mais prazer. Um truque legal é sentir como os seus dedos se sentem ao tocar a sua vagina e como ela se sente ao ser tocada. Perceba se há diferença nessas sensações quando o toque é seu e quando o toque é do seu parceiro. Você vai se surpreender!

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  • Você não se permite tentar algo novo

Uma cantora nunca saberia se é boa se só cantasse no chuveiro. Nós, mulheres, precisamos nos explorar para descobrir nossos talentos. Se todos os dias você acorda e liga o piloto automático nunca vai descobrir, por exemplo, a desenhista, malabarista, massagista ou pianista que vive em você. Comece fazendo algo simples, mas que te desafie. Faça algo diferente todo dia e descubra-se.

  • Você não admite, mas tem preconceitos (ou pior, não os tem, e finge que tem)

Seus amigos adoram MPB, mas detestam sertanejo, funk e pagode. E você? Também (só que não). A verdade é que você morre de vergonha de admitir que gosta de alguma coisa que o seu círculo de convivência recrimina ou não gosta. Com isso, você não se permite desfrutar das coisas que aprecia. Ser diferente não é só normal, mas fundamental.

  • Você só se vê pela perspectiva do outro

Isso é mais do que normal. Todo mundo precisa de uma referência, um ponto de avaliação. O importante é saber o quanto esse referencial está te fazendo bem. Quantas vezes você deixou de fazer algo porque pensou no que sua mãe (namorado, amiga, colega de trabalho) diria: “Minha mãe sempre diz que não levo jeito para dança” ou “Nunca fui boa em esportes”. Pare com isso, já! Os outros são os outros e só.

  • Você não aceita suas limitações

Parte fundamental do autoconhecimento está em reconhecer e identificar suas qualidades e limitações. Você não é (e não precisa ser) melhor em tudo. Mas você pode e deve se cercar de amigos e pessoas boas nesta ou naquela atividade. São esses ‘anjinhos’ que te ajudam a se desenvolver. Não tenha vergonha de pedir ajuda ou de dizer que não sabe, não entende ou não consegue alguma coisa. Reconheça seus limites e administre-os.

  • Você simplesmente não se aceita

No fundo é isso que eu todo mundo quer. Ser aceito pela sua família e pela família do seu parceiro, ser aceito na festa da firma, ser aceito pelas suas opiniões, ser aceito nas redes sociais… Só tem um segredinho aí: para ser aceito pelos outros é fundamental que você se aceite primeiro. Escreva num caderno todas as coisas que você pensa sobre você, se avalie e veja com quais delas você vive bem e quais a deixam infeliz e o que merece mudança. Mas o mais importante dessa lista é reconhecer como você se vê, se entende e se percebe. Aceite quem você é se ame. Se ame muito. Se ame todos os dias!

A ideia desse texto foi provocar em você um estado de reflexão, aproveite a esse momento de autoconhecimento e leia outros dois artigos muito interessantes aqui no blog: Quando foi que você deixou de se achar bonita e O adesivo da beleza.

Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.