Você já ouviu falar sobre a Síndrome do Ovário Policístico (SOP)? É um desequilíbrio hormonal  que afeta mulheres em todo o mundo e pode ter sérios efeitos caso não seja tratada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, entre 5 e 10% das mulheres em idade fértil sofrem com esse desequilíbrio hormonal que pode ocasionar  mudanças no ciclo menstrual, cistos nos ovários, dificuldade em engravidar e outros problemas de saúde.  Para explicar sobre a doença, eu trouxe 10 coisas que você precisa saber sobre a Síndrome do Ovário Policístico.

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No texto de hoje nós vamos abordar os seguintes tópicos

  1. Desequilíbrio hormonal
  2. Sintomas
  3. Como é diagnosticado?
  4. Outras Doenças
  5. Causas
  6. Tratamento
  7. Tenha muito cuidado com o excesso de peso
  8. Nem sempre causa infertilidade
  9. Nem sempre é necessária a extração dos cistos
  10. Câncer de ovário

1. Desequilíbrio hormonal

A síndrome do ovário policístico está ligada à mudanças nos níveis hormonais das mulheres, que torna difícil para os ovários liberar óvulos totalmente desenvolvidos. Os motivos para essas mudanças não são claros. Os hormônios afetados são:

estrogênios e progesterona, hormônios femininos que ajudam os ovários de uma mulher a liberar óvulos.

– andrógenos, um hormônio masculino encontrado em pequenas quantidades em mulheres.

Normalmente, um ou mais óvulos são liberados durante o ciclo menstrual da mulher, que é conhecido como ovulação. Na maioria dos casos, a liberação dos óvulos ocorre aproximadamente duas semanas após o início do ciclo menstrual. Na síndrome do ovário policístico, os óvulos desenvolvidos não são liberados. Em vez disso, eles permanecem nos ovários rodeados por uma pequena quantidade de líquido, formando cistos.

2. Sintomas

Alguns dos sintomas que ocorrem com essa síndrome incluem alterações no ciclo menstrual, como ausência do período menstrual após ter um ou mais períodos menstruais normais durante a puberdade (amenorréia secundária) e períodos menstruais irregulares que podem ser intermitentes, de muito leves a muito intensos. Além disso, existem possibilidades de aparecerem pêlos extras na área do peito, abdômen, rosto e  ao redor dos mamilos. A acne no rosto, no peito ou nas costas é outro sintoma que pode ocorrer nesses casos.

3. Como é diagnosticado?

Ocasionalmente, essa síndrome pode ser difícil de diagnosticar com base exclusivamente nos sintomas, pois pode aparecer junta ou combinada; e também pode mudar de uma pessoa para outra. Nesses casos, o médico pode realizar um exame físico ou pedir que você tenha uma série de exames de sangue para verificar os níveis hormonais.

Atualmente a SOP é incurável, no entanto, existem maneiras de reduzir seu impacto na vida de cada mulher através de certos tratamentos.

4- Outras Doenças

Os desequilíbrios na atividade do hormônio sexual podem interferir diretamente com os processos metabólicos e, como consequência, muitas vezes, levam a alguns transtornos de saúde. Essas doenças incluem:

  • pressão arterial elevada;
  • hipocolesterolemia;
  • obesidade;
  • diabetes;
  • triglicerídeos elevados.

As mulheres com síndrome do ovário policístico são mais propensas a desenvolver:

  • câncer de endométrio;
  • esterilidade;
  • câncer de mama (risco um pouco maior).

5. Causas

As causas que levam ao desenvolvimento dos ovários policístico ainda são desconhecidas, porém existem alguns fatores de risco que podem explicar o aparecimento do SOP. São eles:

– O excesso de insulina, que é o hormônio que é produzido no pâncreas e permite que as células usem açúcar (glicose), principal fonte de energia do corpo. Se uma mulher tem resistência à insulina, sua capacidade de usá-la efetivamente é completamente afetada e o pâncreas tem que secretar mais insulina para que a glicose esteja disponível para as células. O excesso de insulina pode afetar os ovários, pois aumenta a produção de andrógenos, o que interfere na capacidade do ovário de ovular.

– Fator hereditário: se sua mãe ou irmã tiveram síndrome do ovário policístico, há 50% de chances de você desenvolver a síndrome. Os pesquisadores também estão considerando se certos genes estão relacionados à síndrome dos ovários policísticos.

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6. Tratamento

Isso dependerá  se você está tentando engravidar ou não. Se a gravidez não é uma prioridade para você, o ginecologista pode prescrever pílulas anticoncepcionais, o que a ajudará a regular os ciclos, reduzir a acne e o crescimento de pêlos indesejados. Caso você esteja tentando engravidar, o tratamento para as mulheres que sofrem dessa síndrome e que procuram engravidar é muito parecido com aqueles usados ​​para tratar a anovulação (suspensão ou cessação da ovulação).

7. Tenha muito cuidado com o excesso de peso

Normalmente, as mulheres com sobrepeso têm SOP; no entanto, elas podem reiniciar a ovulação naturalmente quando perdem 10% do peso atual. Alguns estudos demonstraram que, com uma dieta saudável e a prática de exercícios físicos regularmente, a ovulação pode ser restaurada em algumas mulheres.

8. Nem sempre causa infertilidade

Em algumas mulheres, isso pode levar à infertilidade, mas nem todos os casos são os mesmos, uma vez que nem todos apresentam dificuldades para a ovulação normal. Mas o que ocorre é que as mulheres com essa doença têm ovulação imprevisível e têm menos oportunidades de engravidar. Nada que não possa ser resolvido com um bom tratamento aplicado em tempo hábil.

9. Nem sempre é necessária a extração dos cistos

Muitas mulheres que são diagnosticadas com essa doença acreditam que devem ser submetidas a alguma cirurgia para remover os cistos dos ovários. No entanto, a presença dos cistos não implica que seja necessária uma intervenção cirúrgica, uma vez que muitas vezes os cistos não crescem, ovulam ou amadurecem e, além disso, não representam nenhum perigo. O controle dessa doença dependerá de cada paciente, dependendo da gravidade e do impacto hormonal.

10. Câncer de ovário

Naverdade, existe uma pequena possibilidade de que um cisto ovariano seja câncer de ovário. E essas chances vão aumentando de acordo com a idade, porque esse tipo de câncer é apenas um daqueles que geralmente ocorrem em idades avançadas, a partir de 65 anos. Por isso é de extrema importância manter as revisões com o seu médico em determinado período de tempo.

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Vivendo com a Síndrome do Ovário Policístico

Não existe um manual para se prevenir da Síndrome do Ovário Policístico, porém há atitudes que podem reduzir significativamente os sintomas. O primeiro passo para se prevenir é consultar regularmente o seu ginecologista. Exames ginecológicos conseguem prevenir uma série de problemas pelos quais a mulher pode ter de passar. Controlar o peso, se alimentar bem e praticar exercícios físicos também reduzem bastante as chances de desequilíbrio dos hormônios.

Como eu disse anteriormente, infelizmente não existe cura para a SOP, porém se você iniciar o tratamento, nada impede de levar uma vida saudável e plena. Converse com o seu ginecologista e ele te indicará as opções mais adequadas para o seu caso.

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Super beijo!

Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.