Revisitar o caminho que levou à traição de Chico Moedas é um exercício não só de compreensão, mas também de empatia. O relacionamento de quatro meses com Luísa Sonza parecia ser uma típica história de amor, até que a realidade mostrou sua face mais t. triste. O casal, envolvido em momentos de cumplicidade, viu seu laço se romper em uma noite no Galeto Sat’s, um conhecido bar no Rio de Janeiro.

A traição aconteceu quando Chico, aproveitando um momento de descuido, ficou com uma antiga “affair” no banheiro do estabelecimento. Esse ato desencadeou uma série de eventos, culminando na carta emotiva lida por Luísa Sonza no “Mais Você”, apresentado por Ana Maria Braga, na Rede Globo. As palavras dela, carregadas de tristeza e desapontamento, trouxeram a público não só a traição, mas também reflexões profundas sobre confiança e respeito.

Carta Aberta de Luísa Sonza na Íntegra

O discurso de Luísa, entrelaçado com lágrimas e sinceridade, alcançou não apenas os espectadores, mas também outras mulheres que vivenciaram a mesma dor.

Além de expor a traição, ela trouxe à tona questionamentos sobre a normalização da infidelidade e o impacto disso na vida das mulheres. Seu relato, carregado de emoção, funcionou como um espelho para a sociedade, refletindo as fragilidades e desafios das relações amorosas.

Confira o conteúdo da carta inteira: 

“É insuportável que a traição, a quebra de combinado, respeito, confiança, zelo cuidado continua sendo normalizada. Um erro normal. 

Só quem já foi traída sente o que se acarreta do que eles chamam de erro pontual, da dúvida, da insegurança que isso causa. A traição faz você se sentir idiota, burra, palhaça, trouxa, é uma dor impossível de explicar. É uma quebra de confiança no próximo, é o medo de acreditar nas pessoas. É um sonho destruído, é toda sua entrega, zelo, cuidado, amor, jogado fora. 

Intensa demais? Intenso demais é alguém que larga tudo que prometeu construir à dois, por um momento em um banheiro sujo de um bar. De resto é só amor, paixão admiração, respeito, entrega. Quando você é traída, até se questiona da sua capacidade de discernimento que ainda vem não só antes, como depois da traição. Como se a traição já não bastasse, nos colocam como loucas, dão risada da nossa intuição, literalmente falam que a realidade é um detalhe para você, invalidade tudo o que a gente pensa, acredita, vê, tudo que é real. 

Nos atacam sem parar, como se fossemos nada. Mentem no olho como se fossemos uma ameba que cai em qualquer coisa que eles possam dizer. A verdade é que eles acreditam em tudo isso, acreditam que somos burras, frágeis, fáceis de manipular, que o mundo é deles e eles podem tudo, que nada é grave. 

Sabe como é. Homem é assim. Meu amor, infelizmente você mexeu com a mulher errada. Hoje vocês não vencem. Hoje eu quebro o ciclo por minha mãe, por minhas tias e por todas as mulheres que eu vi a minha vida inteira sendo traídas e que não tinham muitas vezes nem para onde ir, tendo que ficar com um traidor dentro de casa. 

Hoje eu me escolho, mesmo que me doa, mesmo que por vez eu não queira, mesmo ainda te amando, hoje eu me protejo e não vou te proteger. Mesmo que eu queira. Porque, você, naquela noite, naquele bar não me protegeu. Hoje eu te dou um adeus, por mim e por todas nós. Antes de ir, eu quero te responder que escolher não estar mais com você, não é viver o amargor ao invés do amor, como você me disse, eu vou viver o amor, só não vai ser com você”.

Seu depoimento, repleto de sinceridade, não apenas chocou o Brasil, mas também se tornou um símbolo da dor vivida por tantas mulheres que já foram traídas. Ao compartilhar sua experiência, Luísa não apenas expôs sua própria vulnerabilidade, mas também lançou luz sobre uma questão que, muitas vezes, permanece escondida nas sombras: a traição e suas consequências.

Seu relato sincero e corajoso tocou muitas pessoas, fazendo-as refletir sobre os padrões de relacionamento na sociedade contemporânea e os desafios que as mulheres enfrentam ao lidar com a infidelidade.

A Opinião de Casemiro  – amigo de Chico:

Casimiro Miguel, popularmente conhecido como Cazé, trouxe uma perspectiva única sobre o turbilhão de emoções e consequências que emergiram após a revelação de Luísa Sonza sobre a traição de Chico Moedas. Em um encontro noturno casual com Chico, pouco antes da declaração de Luísa ir ao ar, Cazé notou um Chico perturbado e desolado. 

A manhã seguinte trouxe consigo um vendaval de reações. Enquanto o país assistia ao desabafo emocionado de Luísa na televisão, Casimiro era abruptamente despertado por sua esposa, Anna Beatriz, com a notícia. Na tentativa de estender uma mão amiga, Casimiro tentou entrar em contato com Chico, apenas para descobrir que ele havia sido efetivamente excluído do mundo digital. 

“Ao tentar enviar uma mensagem para ele, percebi que algo estava errado. Chico desapareceu das redes sociais”, relatou Casimiro. 

Com as contas desativadas e um silêncio ensurdecedor por parte de Chico, Casimiro esclareceu: “Chico não está em outra rede social. Ele espera ansiosamente o retorno de sua conta, que foi derrubada devido às denúncias.”

Por trás das telas e dos holofotes, uma tempestade emocional devastava Chico. Casimiro, embora relutante em se posicionar como porta-voz de seu amigo, ofereceu uma visão sobre o estado de espírito de Chico, sublinhando o impacto das ações recentes. “Ele está profundamente abalado com tudo isso. Reconhece o erro e está tentando lidar com as consequências de suas ações”, afirma Casimiro. 

Machismo Estrutural e Educação Familiar

A traição masculina, normalizada por gerações, é um reflexo do machismo estrutural que permeia a sociedade. A educação familiar, muitas vezes, reforça estereótipos de gênero e transmite valores que legitimam a infidelidade masculina. Homens são, por vezes, criados sob o ponto de vista de que têm o direito de trair, enquanto mulheres são ensinadas a perdoar e tolerar.

Essa disparidade educacional semeia as raízes da desigualdade e perpetua ciclos de traição e sofrimento. A desconstrução desses padrões é essencial para fomentar relações mais saudáveis e equilibradas, onde o respeito e a confiança são pilares fundamentais.

>>> Traição: 5 coisas que você não sabe, mas deveria saber (Ler Artigo)

O Impacto da Traição na Saúde Mental das Mulheres Brasileiras

A traição é, sem dúvida, um dos assuntos mais espinhosos que podemos encarar nas relações humanas. No entanto, ao olharmos os dados recentes sobre o comportamento amoroso no Brasil, a realidade parece ainda mais sombria. A pesquisa “Radiografia da Infidelidade e Infiéis no Brasil 2022“, realizada pelo aplicativo de encontros Gleeden, revelou que 8 em cada 10 brasileiros já cometeram atos de infidelidade em relacionamentos monogâmicos. Quanto ao recorte de gênero, 91% dos homens e 88% das mulheres admitiram já ter traído.

Esses dados traçam um retrato preocupante da fidelidade no país, com estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Minas Gerais e Espírito Santo liderando o ranking de infidelidade. De forma ainda mais alarmante, o Brasil conquistou o título nada invejável de nação mais infiel da América Latina, precedendo países como Colômbia, México, Argentina e Chile.

No entanto, o que realmente soa como um grito de alerta é a perspectiva de gênero na traição. Apesar dos números similares entre homens e mulheres que traem, a pesquisa revelou um julgamento desproporcional direcionado às mulheres. Enquanto 9 em cada 10 entrevistados concordaram que as mulheres sofrem mais críticas em casos de traição, quase a totalidade (99%) dos entrevistados reconhece que os homens possuem mais liberdade e segurança para trair. 

Essa disparidade reflete uma cultura ainda impregnada de machismo estrutural, onde a infidelidade masculina é, por vezes, normalizada ou até mesmo vista como um direito. Essa visão perpetua uma série de danos psicológicos nas mulheres, que, ao descobrirem uma traição, podem passar por uma multiplicidade de danos psicológicos profundos e duradouros.

Quando uma mulher descobre que foi traída geralmente passa por uma montanha-russa emocional. As primeiras reações podem ser de negação e choque, seguidas de intensas emoções como raiva, desespero, vergonha e, por vezes, até culpa, questionando-se sobre possíveis falhas pessoais que “justificassem” a traição. Este turbilhão emocional pode se agravar especialmente se a traição for exposta publicamente, expondo-a a julgamentos externos e ao escrutínio social. Em situações assim, o autocuidado, a busca por apoio e a auto-reflexão tornam-se fundamentais para navegar e superar tal trauma.

>>> Como se Recuperar de uma Traição? (Ler Artigo)

Frente a esta realidade, a necessidade de uma reeducação cultural é premente. A sociedade deve se movimentar para desmantelar a normalização da traição e instigar valores de respeito, fidelidade e empatia nas relações humanas. É imperativo reconhecer que a saúde mental feminina, em particular, é frequentemente colocada em risco por esses padrões culturais tóxicos, e por isso, merece uma atenção redobrada, em especial em um ambiente que, reiteradamente, julga e penaliza as mulheres de maneira desproporcional e injusta.

Cuidados com a Saúde Mental e Inteligência Emocional

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Exercícios práticos para fortalecer a autoestima,  meditação, e a construção de uma rede de apoio são essenciais. A busca por especialistas, como psicólogos, pode ser um farol na tempestade, proporcionando um espaço seguro para o desabafo e a reconstrução.

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Entre em ação para reencontrar seu amor próprio

O caso entre Luísa Sonza e Chico Moedas nos traz à tona as complexidades e dores da traição, ao mesmo tempo em que destaca a importância da resiliência e do autoconhecimento. 

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Raiz Conteúdo - Assinatura

Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.