Homens! Eles mesmos, o sexo masculino também vem passando por mudanças nessas últimas décadas. O empoderamento feminino desacomodou os homens também, mas não pensemos que existe aqui um discurso de “perda de poder”, muito pelo contrário.

Os homens também estão se empoderando: hoje a sensibilidade masculina, suas inseguranças e crises também ganharam voz.

É como se com o empoderamento feminino os homens tivessem ganhado uma perspectiva mais “humana”, na qual eles não precisam ser “machões”, “fortões” para serem homens.

Masculinidade: homem chorando, eles também choram.

Masculinidade e fragilidade

Homens, eles podem demonstrar as suas fragilidades e serem acolhidos sem que a sua masculinidade seja questionada por causa disso – pelo menos essa é a expectativa de crescimento da empatia e respeito mútuo, que todos deveríamos ter direito, mesmo que a gente saiba que não é bem assim que as pessoas fazem na prática.

Claro que esse processo não é fácil, simples ou tranquilo. É um processo que está no começo. Nossos pais e avôs não foram criados desse jeito – dependendo da “nossa idade”, nem nós fomos criados assim.

Crescemos ouvindo que “homem não chora”, que o “homem que trabalha fora”, que “homem não cuida dos filhos”.

Nos acostumamos a ver os homens como aquelas criaturas desprovidas de sentimentos complexos. Mas a verdade – e, meninos, não briguem comigo – é que os homens têm tanta subjetividade quanto às mulheres – mesmo sem terem TPM. Ela está lá, permeando as atitudes deles que nós não entendemos; que, muitas vezes, nem eles entendem, porque não têm contato com essa subjetividade, porque foram ensinados a reprimir e fugir dela.

Consequências:

E, é claro que as consequências disso aparecem nos relacionamentos afetivos. Às vezes, não é que “ele tem medo de se comprometer”, talvez ele não saiba como fazer isso; não é que ele não queira ser mais carinhoso, que ele não queira ajudar com a casa ou as crianças, talvez uma parte dele – que pode ser consciente ou inconsciente – diga pra ele que fazer essas coisas seria errado, seria demonstrar “fraqueza”.

Esse tipo de construção de comportamentos tem reflexo inclusive na vida sexual, tanto de homens que fingem que não se importam com o prazer da parceira – e que na verdade gostariam de ter um desempenho melhor, mas precisariam admitir –, quanto de homens que estão realmente interessados, mas não sabem onde procurar informação, ou como iniciar uma conversa sobre isso com a parceira.

A boa notícia – não que eu ache que houve alguma realmente ruim até agora – é que com a valorização das estratégias de desenvolvimento humano os homens têm caminhos, acessos, meios de informação seguros e confiáveis para exporem as suas dúvidas e dificuldades e terem toda a ajuda e apoio que precisam – e pra ser realmente ajuda, tem que ser sem julgamentos.

As mudanças sociais já começaram, já existem profissionais capacitados para trilhar esse caminho de descoberta dessa nova masculinidade que está em harmonia com as mulheres e com a individualidade do homem – homem enquanto ser humano e não enquanto papel social.

Patrícia Cristina

Certificação: 38222021
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