Você já fez o autoexame de mama? Se ainda não fez, pode ficar tranquila que hoje vou te ensinar o passo a passo do autoexame de mama para você realizar sempre, não apenas no mês de outubro.

Já te digo logo, esse não deve ser o principal método para identificar o câncer de mama, pois apenas com o autoexame de mama é mais difícil de identificar pequenos caroços (com cerca de 1 cm), Nesse estágio inicial, a chance de “cura” é aumentada em 95%.

Com o autoexame, geralmente a mulher só encontra tumores com mais de 2 cm, o que significa que o câncer já pode estar em um nível avançado.

Por isso, a recomendação do Inca é que todas as mulheres continuem realizando o autoexame de mama, apalpando os seios, sempre que possível.

Seja no banho, seja no momento de se vestir e visite regularmente o seu médico ginecologista, pelo menos uma vez ao ano, solicitando exames de imagens e realizando o autoexame de mama da forma correta sempre que necessário.

Neste post, você vai saber:

  • Como fazer o autoexame de mama do jeito certo;
  • Autoexame de mama e o Outubro Rosa;
  • O que é Outubro Rosa;
  • Sinais de suspeita do câncer de mama;
  • Fatores de risco;
  • Como fazer o autoexame de mama;
  • Exercícios que ajudam a melhorar a saúde da mulher;
  • Ebook grátis de ginástica íntima.

Como fazer o autoexame de mama do jeito certo:

Saiba como manter a sua saúde íntima com simples exercícios clique aqui

Autoexame de mama e o Outubro Rosa:

O mês de outubro está chegando e com ele as campanhas de Outubro Rosa, que acontecem durante todo o mês, por todo o mundo, com a intenção de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. 

E porque estou te dizendo isso? Por que a neoplasia (massa de tecido anormal – tumor – que pode surgir em diferentes partes do corpo) ataca mulheres no mundo inteiro, inclusive homens.

Sim, o câncer de mama também acomete os homens, porém é mais raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. 

Então, toda mulher e os homens também precisam saber como se faz o autoexame de mama, não só para se cuidar e procurar tratamento, mas também para orientar mães, filhas, avós e amigos.

A neoplasia das mamas é o segundo tipo que mais atinge as mulheres no planeta inteiro, perdendo apenas para o câncer de pele. 

Além disso, diferentemente dos tumores cutâneos, os mais frequentes tumores da pele, que ocorrem mais em pessoas de pele clara e em regiões do corpo expostas ao sol, a letalidade do câncer mamário é mais alta. Portanto, a prevenção é fundamental. 

Outubro rosa: mês conscientização contra o câncer de mama. Hoje vou ensinar como realizar autoexame de mama

Como surgiu o Outubro Rosa?

O movimento “Outubro Rosa” surgiu em 1990, quando aconteceu a primeira Corrida pela Cura, em Nova Iorque — desde então, promovida anualmente na cidade. 

Só em 1997 entidades de Yuba e Lodi (EUA) começaram a promover atividades voltadas ao diagnóstico e prevenção ao câncer de mama em outubro como epicentro das ações, o que resultou no nosso outubro rosa.

Já no Brasil, a primeira manifestação do movimento foi em 2 de outubro de 2002, com a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), em São Paulo. Nessa data comemorava-se os 70 Anos do Encerramento da Revolução.

O Outubro Rosa é simbolizado pelo laço, que estimula a participação da população, empresas e entidades na prevenção e luta contra a doença. 

Quais são os sinais de um provável câncer de mama?

Estes sinais que vou relatar não são um diagnóstico preciso de câncer — não se apavore, viu? 

Muitas vezes só o autoexame de mama não consegue identificar alguma anomalia, mas se você notar alguns sinais que ao serem identificados é necessário procurar por um médico para se certificar sobre o que se passa com seu corpo.

Principais sinais do aparecimento de um câncer de mama são:

  1. Aumento progressivo do tamanho da mama com a presença de sinais de edema (inchaço ou retenção de líquidos);
  2. Em mulheres adultas de qualquer idade, nódulo nas mamas de consistência endurecida e fixo ou que vem aumentando de tamanho;
  3. Nódulo nas mamas que persistem por mais de um ciclo menstrual de mulheres com mais de 30 anos;
  4. Eczema (inflamação da pele) que não responde a tratamentos tópicos (aplicados na pele);
  5. Dores localizadas, coceira e ardência na região das mamas ou das axilas;
  6. Qualquer nódulo nas mamas de mulheres com mais de 50 anos;
  7. Retração na pele da mama, com aparência de casca de laranja;
  8. Homens com mais de 50 anos com tumor palpável unilateral;
  9. Uma das mamas apresenta secreção com sangue;
  10. Presença de nódulos nas axilas ou no pescoço;
  11. Mudança no formato ou inversão do mamilo.

O nódulo fixo e geralmente indolor é a principal manifestação do câncer de mama, segundo dados do INCA.

O caroço aparece em aproximadamente 90% dos casos em que a própria mulher percebe. É por isso que o autoexame das mamas é tão importante.

Quais são os maiores fatores de risco para o câncer de mama?

Não existe apenas uma causa por trás do câncer, embora o maior seja a idade — cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos, e ele é muito raro antes dos 35. 

Os outros fatores variam entre comportamentais, hormonais/reprodutivos e genéticos:

  • Reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos;
  • Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos;
  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2;
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
  • Histórico familiar de câncer de mama em homens;
  • obesidade e sobrepeso depois da menopausa;
  • Primeira menstruação antes de 12 anos;
  • Histórico familiar de câncer de ovário;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Exposição frequente a raios-X;
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Menopausa após os 55 anos;
  • Não ter tido filhos;
  • Sedentarismo.

A mulher que tem um ou mais fatores genéticos ou hereditários é considerada com risco elevado para desenvolver câncer de mama. No entanto, esses casos correspondem a apenas 5% a 10% do total de casos da doença. 

Então, se você está nesse grupo de risco, é preciso ter atenção a qualquer mudança corporal e seguir fazendo seus exames, mas não há motivos para ficar apavorada, certo? Hoje o câncer é totalmente tratável e curável.

Como fazer o autoexame de mama?

O Ministério da Saúde, o INCA e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) não fazem mais especificações sobre o autoexame das mamas. Os órgãos preferem orientar a mulher a apalpar seios e axila sempre que se sentir confortável, sem especificação de tempo, técnica ou duração. Essa decisão vem do fato de que mais pacientes descobrem nódulos casualmente do que no autoexame mensal.

No entanto, um autoexame completo é também um momento para a mulher parar e observar seu próprio corpo — muitas vezes negligenciado pelas tribulações do dia a dia. Então, não deixe de tentar.

Um autoexame de mamas completo deve ser realizado em três etapas: em frente ao espelho, durante o banho e deitada.

Para cada caso, siga um protocolo diferente. Pode parecer bobagem, mas a pele das mamas se move com o corpo. Portanto, uma anormalidade pode passar despercebida.

Veja as minhas dicas e faça já seu autoexame de mama:

Recomendações gerais

O autoexame de mama é indicado para todas as mulheres a partir dos 20 anos, mas como os seios podem ficar inchados antes e durante o período menstrual, o ideal é que você faça 7 dias depois do início do sangramento.

Mas se você já estiver na menopausa, escolha uma data fixa todos os meses.

autoexame de mama

1 – Em frente ao espelho

Este é o momento de observação. Nos dois seguintes, o exame será prático, com toque.

Primeiramente, tire a blusa e o sutiã e coloque as mãos na cintura.  Então, comece a verificar o detalhes da mama, como o tamanho, o formato e o contorno, observando se há alterações na pele, auréola ou no mamilo. 

Agora, solte os braços ao lado do corpo e observe se houve alterações. Levante os braços e faça as mesmas observações. Por fim, pegue o sutiã e veja se existem marcas em apenas um dos lados (o que pode indicar edema).

2 – Durante o banho

A pele ensaboada permite que as mãos deslizem com mais facilidade, aumentando as chances de detectar algo estranho nos seios.

Em pé e com a coluna ereta, coloque a mão esquerda atrás da nuca, com o cotovelo apontado para cima. Comece a apalpar o seio esquerdo com a mão direita, usando a ponta dos dedos. Inicie na axila e siga em direção ao mamilo, verificando se há regiões mais duras ou com nódulos palpáveis. Faça os mesmos movimentos e observações nas axilas.

Os movimentos devem ser circulares e firmes, mas sem causar dores.

Pressione delicadamente o mamilo para verificar se sai algum líquido de origem desconhecida. Depois, siga o mesmo passo a passo no lado direito.

3 – Deitada

Na cama, ponha um travesseiro fino debaixo do ombro esquerdo e leve a mão esquerda para trás da cabeça. Use a mão direita para apalpar a mama esquerda e fazer movimentos circulares com a ponta dos dedos. Verifique as mesmas anormalidades do tópico anterior.

Terminou? Agora, coloque o travesseiro embaixo do ombro direito e repita o passo a passo do outro lado.

Além do autoexame, o que fazer?

Visite regularmente o seu ginecologista para fazer exames de clínicos e de imagem quando necessário se prevenindo de um possível câncer de mama. Peça para que ele te ensine a fazer o autoexame de mama caso necessário.

O autoexame das mamas não substitui o exame clínico! Isso porque, infelizmente, ele não é capaz de detectar tumores com menos de 1cm. 

Resumidamente, ele não é capaz de detectar lesões pré-malignas — aquelas bem pequenininhas, que ainda não se tornaram câncer propriamente dito e são bem mais fáceis de tratar, como mencionei anteriormente.

Mas isso significa que você não deve fazer o autoexame das mamas? De jeito nenhum! Você deve seguir as orientações que eu te passei ali em cima. No entanto, ela não substitui o exame clínico.

A partir dos 40 anos, você deve fazer anualmente o exame clínico das mamas. Já quem tem entre 50 e 69 anos e é de baixo risco (sem  fator genético/hereditário) deve se submeter à mamografia a cada dois anos, pelo menos. 

Por fim, mulheres consideradas de alto risco (com histórico familiar de câncer de mama em parente de primeiro grau antes dos 50 anos) devem procurar acompanhamento individualizado.

Se você sentir alguma coisa estranha, procure por um ginecologista ou mastologista, que solicitará mais exames para tirar as dúvidas.

A melhor maneira de prevenir o câncer de mama é com uma rotina de exercícios e alimentação saudável. Então, não negligencie sua saúde!

Quais os outros meses especiais do calendário?

Além do Outubro Rosa, existe também:

  • Janeiro Branco: cuidados com a saúde mental
  • Maio Amarelo: prevenção de acidentes de trânsito
  • Setembro Amarelo: prevenção ao suicídio
  • Novembro Azul: saúde do homem, com ênfase na prevenção ao câncer de próstata
  • Dezembro Vermelho: conscientização sobre os riscos e tratamento da Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST)

Exercícios que ajudam a melhorar a saúde da mulher

Além disso, independente de campanhas sazonais eu recomendo sempre a prática dos exercícios de ginástica íntima para manter a saúde íntima da mulher em dia.

Algo tão simples, que está totalmente relacionado ao autocuidado que a mulher tem por si mesma.

A prática traz uma série de benefícios como: a diminuição dos sintomas da menopausa; melhora a autoestima; auxilia na preparação para o parto e na recuperação pós-parto, evita a flacidez vaginal que é algo que incomoda muitas mulheres.

Tem mais, os exercícios íntimos também conhecidos como pompoarismo,  permite que a mulher conheça melhor o seu próprio corpo, fazendo com que ela sinta mais prazer durante as relações sexuais.

Eu vou deixar aqui o meu ebook grátis para você começar a praticar hoje mesmo.

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Espero ter te ajudado com o conteúdo de hoje. Agora me diz: pronta para fazer o autoexame de mama? Para mais dicas sobre saúde, sexo e comportamento, continue me acompanhando aqui no nosso blog.

Um super beijo!

Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.