Deixa eu te falar: autoestima é mais do que somente a percepção que você tem de si mesma, mais do que você gostar da sua beleza, gostar daquilo que enxerga quando olha no espelho. Eu sei que você pode saber o que significa e entender a importância que isso tem para você, mas caso o caminho seja algo de difícil descoberta, eu vou te explicar agora como ter autoestima

E esse ver não é apenas relativo ao sentido físico, tá bem? A autoestima envolve questões profissionais, sociais, afetivas e daquilo que eu gosto muito de falar: sexualidade. 

Se você acompanha meu blog, vai saber que no último texto eu falei sobre autoconhecimento. Assim como o autoconhecimento, a autoestima está muito ligada às histórias e experiências de vida de cada pessoa. Além disso, ela também depende da energia que estamos dispostas a gastar para termos uma boa relação com nós mesmas.

A autoestima é praticamente uma consequência do autoconhecimento, pois se aceitar é o passo seguinte para se conhecer por inteiro.  

Não é fácil estabelecer um objetivo de vida

Pense assim: você acabou de se redescobrir, definir um propósito de vida, repensar a sua história, definir objetivos e estabelecer metas. Tudo isso é excelente e você está de parabéns.

Não são todas as pessoas que têm essa coragem. Mesmo assim, ainda há trabalho a ser feito.

Pense bem que não é saudável você se cobrar tanto, a autoestima reflete o quanto nós valorizamos e acreditamos no nosso potencial, além de ser responsável por regular os sentimentos de amor-próprio, autoconfiança, merecimento e bem-estar.

Quando não aceitamos e gostamos do jeito que somos, é como se estivéssemos o tempo todo carregando um peso. Isso nos deixa cansadas, mal-humoradas, com uma baixa produtividade, a nossa vitalidade evapora, assim como o desejo sexual.

O desânimo vai tomando conta e interferindo nos relacionamentos, trabalho, vida social, em tudo, podendo levar problemas até para a área financeira. Por esses e outros motivos que não podemos nos descuidar da nossa autoestima. Por isso é tão importante que você saiba como ter autoestima, e a boa notícia é que neste texto eu te ensino.

Eu entendo perfeitamente como o esgotamento pode tomar conta da nossa rotina, e é muito fácil nos deixarmos abater. Mas se você se tiver como prioridade (e não descuidar da cabeça, do corpo e do coração), vai abrir espaço para um boom de energia, o que te dará o gás necessário para correr atrás dos seus sonhos e objetivos.

Nossas vidas são formadas por várias áreas, e a autoestima atua em cada uma delas.

Questões como timidez, bloqueios sexuais, improdutividade profissional e dificuldade em manter relacionamentos estáveis, por exemplo, podem ser um espelho de uma autoestima baixa.

Já uma autoestima equilibrada contribui para que nossos níveis de auto aceitação, estabilidade nos relacionamentos, rendimento no trabalho e desempenho sexual sejam infinitamente mais satisfatórios.

E outra coisa: a autoestima também afeta a nossa felicidade, e só cabe a nós decidirmos se vai afetar de forma positiva ou negativa.

Então vamos lá: sabemos que a autoestima é uma junção de vários fatores e, por isso, causa impacto em muitos campos da nossa vida. 

Mas o que precisamos para manter nossa autoestima plena e inabalável? 

Uma autoestima satisfatória, plena, boa significa que você é capaz de controlar aquilo que acontece na sua vida. Ou seja, as ações que você toma estão todas voltadas para a promoção do seu bem-estar e, claro, para o bem-estar daqueles que te rodeiam. Até porque, você não deve ser uma pessoa que vive isolada socialmente.

Caso você esteja satisfeita consigo mesma, isso vai aumentar também o seu entusiasmo. Sabe quando você sentia felicidade fazendo coisas pequenas? E por algum motivo parou de sentir? Pois é, isso vai acabar, e a energia que surgiu desse entusiasmo vai te acompanhar para onde você for.

Quando você souber como ter autoestima sua vida vai ganhar mais significado e, assim, você vai conseguir priorizar o que realmente tem importância.

A autoestima plena é aquela que proporciona a sensação de que você é, de fato, a protagonista da sua própria vida, e não apenas uma observadora. E eu sei que você vai dizer para mim: “Eu quero isso, Cátia!”. E o que eu te respondo é: “Você vai conseguir”.

Vamos fazer um acordo?

Eu te ensinarei tudo que sei sobre ter uma autoestima elevada. E olha, eu tenho muitas e muitas alunas para provar que as técnicas que eu ensino realmente funcionam.

Mas para isso acontecer, eu preciso de uma única coisa: seu comprometimento.

Só com o seu total comprometimento que nós seremos bem-sucedidas nessa jornada, ok? Então ficamos combinadas assim.

Na próxima aula, você vai entender como a autoestima funciona em três níveis, excessiva, insuficiente e desejável, e os diferentes efeitos de cada uma delas nas nossas vidas.

Nossa autoestima funciona de três formas, quer dizer, em três níveis. Primeiro a excessiva, em segundo a insuficiente e a terceira, a desejável. E eu vou te explicar os diferentes efeitos de cada uma delas nas nossas vidas.

O que é uma autoestima excessiva?

Primeiro, lembre-se que nosso objetivo é sempre se manter no nível desejável. Uma pergunta que recebo frequentemente é: “Cátia, é possível alguém ter excesso de autoestima?”

Não somente é possível como bastante comum.

Eu quero começar por esse nível porque acredito que causa muitas dores de cabeça quanto a autoestima insuficiente, e, mesmo assim, não é algo que se fale com frequência.

Olha só, se amar incondicionalmente não é um problema. Ter autoconfiança, saber do seu potencial e correr atrás daquilo que quer não está e nunca vai ser errado. Para falar a verdade, eu acabei de resumir praticamente o que você procura aqui, não é mesmo?

O problema está no excesso.

O que é uma autoestima insuficiente?

Já no lado oposto, bem longe mesmo, estão aqueles que não têm um pingo de autoestima e, também, os que têm em um nível tão baixo que não é sequer suficiente para a pessoa se impor em situações básicas. Essas são as pessoas que talvez nem saibam como ter autoestima.

Essas são pessoas que estão fragilizadas emocionalmente, que deixaram de cultivar, ou nunca cultivaram, uma visão positiva delas mesmas.

Ter este tipo de autoestima faz com que acreditemos que tudo o que acontece de errado é nossa culpa, que não somos capazes de desempenhar as tarefas mais simples, e o pior: que não merecemos ser amadas e felizes.

Quem é assim demonstra muito medo de sofrer alguma rejeição e dificuldade em reconhecer as qualidades que tem.

Aqui tem uma pequena lista de como agem pessoas que têm autoestima insuficiente ou baixa:

Agir contra os próprios interesses apenas para agradar os outros;

  • Timidez;
  • Ansiedade;
  • Supervalorização da opinião alheia;
  • Conflitos emocionais;
  • Problemas de autoimagem.

Agora, tente associar cada um desses comportamentos a situações práticas do dia a dia. Você se identifica com algum deles? Se sim, é porque o seu nível de autoestima deve estar baixo.

E quando isso acontece, perdemos oportunidades valiosas no amor, no trabalho, na vida de forma geral.

O que é uma autoestima desejável?

Perceba que a autoestima desempenha um papel central nos aspectos da nossa vida. Tanto a falta quanto o excesso impactam negativamente na nossa forma de viver, se viveremos bem ou mal. Por isso, o processo da descoberta de como ter autoestima é valioso e fundamental.

Não reconhecer e assumir os seus defeitos ou ver defeitos até onde eles não existem são sintomas diferentes de um mesmo problema: a falta de equilíbrio.

Quem consegue alcançar uma autoestima saudável tem disposição para encarar as dificuldades sem achar que merece sofrer ou que está sendo injustiçada. Este é um alguém realista das suas próprias condições, que não se acha melhor ou pior que ninguém porque está muito mais preocupada em viver sua vida.

Poderia e deveria não nos levam a lugar algum. Com uma autoestima elevada na medida certa você irá focar naquilo que pode e deve.

É importante que você direcione a energia para o que você está vivendo agora, porque essas ações vão refletir na sua vida daqui em diante. 

Perceba a mudança de postura

Ao alcançar uma autoestima desejável, mesmo sabendo das suas limitações, você vai adotar uma atitude afirmativa em relação a si mesma. Você vai se respeitar e se aceitar como é. Além do mais, suas relações também vão ser mais construtivas.

Tudo isso fará com que você pare de comparar a sua vida com a de outras pessoas ou querer sempre provar que é melhor. O nome disso é insegurança, por isso se livre disso, foque em você e não nas outras pessoas. O processo de saber como ter autoestima está muito ligado a como você se enxerga, por isso projete uma boa imagem de você.

Não ache que ter uma autoestima desejável é estar bem o tempo inteiro. É na verdade, saber como lidar quando algo der errado, ou não se desesperar quando algo fugir do seu controle. A vida é assim, você tem controle, na verdade, sobre poucas coisas.

Também não quero você achando que é impossível ter uma autoestima assim. Eu e muitas alunas somos prova de que é mais do que possível, basta ter força de vontade e ser persistente; colocar-se em primeiro lugar e buscar o seu próprio equilíbrio.

Não existe isso de “eu sou assim mesmo, e nunca vou mudar”. Acredite na mudança, porque somos parte da natureza, e esta está em constante mudança, não seria diferente com você. 

Nunca se esqueça dessas duas palavrinhas: paciência e prática. Com elas sempre em mente, você chega onde quiser.

Se você achou que este texto te ajudou, dê uma olhada no meu curso Mulheres Bem Resolvidas. Nele, eu abordo este e outros tópicos que vão te mostrar como ter mais autoestima e lidar melhor consigo mesma.

Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.