Nesse texto eu vou falar de um assunto que pode ser um grande tormento, ou um grande prazer da vida das mulheres divorciadas: que é retomar a vida sexual. Existe sim vida sexual após o divórcio e nós vamos conversar sobre isso neste post!

Um dia desses eu me deparei com uma matéria no site Catraca Livre, de mulheres que contam histórias pessoais sobre falta de sexo!

Como eu mesma vivi esse drama (e consegui superar essa dificuldade), me senti na obrigação de escrever esse post, e assim quem sabe, ajudar as mulheres que estão passando por esse fase complicada.

 

Eu vou colar aqui algumas das histórias, se você já passou por um divórcio pode ser que você se identifique:

Suzan afirma estar sem sexo há 17 anos

A festa foi maravilhosa e ela aproveitou cada minuto. Mas a medida que vai despedindo-se de seus amigos (todos em casais), a britânica Susan Wilson está chegando perto de encarar sua própria realidade: ela segue sozinha para sua casa, sem alguma companhia para a noite. Agora com 55 anos, o último relacionando de Susan foi há 17 anos. Tirando alguns encontros casuais nos últimos anos, ela está solteira e sem fazer sexo todo esse tempo. Na verdade, como todas as mulheres solteiras com mais de 40 anos, Susan está sem um companheiro há tanto tempo por perder as esperanças de que encontrará um homem que a ame.

“Dias tornam-se semanas, semanas viram meses e meses resultam em anos e, antes que você perceba, você está um longo tempo sem sexo. Me sinto tão triste e sozinha quando eu percebo o quanto tempo que eu não me relaciono com alguém que eu tento não pensar sobre isso. Eu sempre gostei de sexo e eu sinto falta do contato próximo com alguém”, disse Susan ao jornal britânico ‘The Daily Mail.


De acordo com uma pesquisa britânica, 28% das mulheres acima de 40 anos vivem uma vida celibatária. As histórias são muito mais comuns do que imaginamos.

Assim como Susan, a terapeuta inglesa Shirley Yanez, de 59 anos, não faz sexo há 15 anos. Depois de divorciar-se por três vezes, ela foi diagnosticada com um quadro depressivo logo após a última separação.

“Eu parei de beber e fumar, mas não tinha alguém para manter uma relação sexual (a solução para vários problemas da minha vida) e entrei em depressão. Pensava que achar um homem que me apoie e me ame era difícil de encontrar. Queria passar o resto da minha vida sem um namorado”, disse Shirley.


Quando superou a fase de maior tristeza, Shirley passou a se valorizar. “Agora eu percebo o quão importante eu sou, quão importante é minha vida e, ao invés de ser machucada por alguém, eu me concentro em mim mesma. Isso é que tem sido fundamental para o sucesso na minha vida pessoal”, revelou.

Agora vamos à minha história:

Logo depois da minha separação eu entrei numa neura, e reparo que a maioria das mulheres que se separam, também entram nessa...

Fiquei pensando: “Eu fui largada pelo meu primeiro marido, com dois filhos, todo mundo vai saber, eu tenho uma cicatriz enorme de cesariana que denuncia isso, meu corpo já não é mais o mesmo, meu seio já não é mais ou mesmo, eu já não sou mais a mesma”

Isso tudo abala demais a autoestima da mulher e, sem autoestima, aí que você fica achando que nunca mais vai conseguir encontrar ninguém na vida mesmo, que vai passar o resto da vida solteira, sozinha, largada.

E foi impulsionada por esse medo de viver sozinha (assim como as mulheres da matéria do Catrava Livre) que eu comecei a procurar tudo o que eu encontrava sobre relacionamento, sensualidade, sexualidade, homem, mulher...

E aí adivinha, fiquei curiossíma para sair e testar se tudo aquilo que eu estava aprendendo realmente funcionava. E aí eu fui ser o que? Eu fui ser solteira, e eu queria ser uma solteira bem resolvida

Vou confessar que não foi nada fácil no começo, só de me imaginar tirando a roupa na frente de outro homem, eu me sentia apavorada, medo da rejeição, medo de expor meu corpo, medo de me machucar...


Para resumir a história, durante esse processo de desenvolvimento pessoal eu encontrei ajuda e informações de especialistas, que resgataram a minha autoestima, meu lado mulher, minha sensualidade e o meu direto de poder começar de novo. Eu até gravei um vídeo para falar mais sobre o assunto.

Neste vídeo vamos falar abertamente sobre vida sexual após o divórcio:

Isso foi fundamental para que eu descobrisse que sim, existe vida sexual após o divórcio, e que sim, mesmo estando separada eu ainda estava viva, ainda era mulher, ainda tinha o direito de namorar, beijar, sentir prazer, de ter relações sexuais, ter orgasmos. Além disso eu descobri outra coisa interessante, descobri que eu também sabia proporcionar prazer ao homem, comecei a me sentir muito segura, confiante e bem resolvida.

E foi nessa minha fase de solteira bem resolvida que eu conheci uma pessoa interessante e me permiti viver uma nova experiência, como eu já era muito mais madura, segura e confiante, as coisas funcionaram bem diferente nesse novo relacionamento, que me proporcionou o prazer de ter mais 2 filhos (sim hoje eu tenho quatro filhos e ainda assim a minha vida sexual vai muito bem obrigada) e já estamos há 11 anos juntos.

Foi exatamente essa história que me motivou a me especializar em sexualidade feminina e hoje eu me sinto muito bem em ajudar milhares de mulheres a viver uma vida amorosa e sexual feliz e realizada.

Espero que essa história mexa com você, para que saiba que você também merece um final feliz, e que a busca pela informação de qualidade é o primeiro grande passo para mudar a sua realidade.

Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.