A tecnologia transformou a maneira como as pessoas interagem entre si. Em um mundo onde um total de 4,9 bilhões de pessoas tem um smartphone, os encontros podem estar a um clique. Ela encurta distâncias e pode ajudar aqueles que têm dificuldade de iniciar um relacionamento por vergonha, timidez ou até mesmo por falta de tempo para se socializar.  No entanto, a tecnologia também tem seu lado ruim. A não-comunicação tornou-se uma tendência facilitada pelos dispositivos móveis e não é raro uma pessoa simplesmente desaparecer da Internet quando não está mais interessado. No texto de hoje, vamos falar sobre 6 fenômenos digitais que atingem os casais da atualidade. Confira!

fenômenos digitais
  • Como os relacionamentos foram afetados pelos fenômenos digitais
  • Impacto nos relacionamentos
  • 6 fenômenos digitais que atingem os casais da atualidade
  • Cuidado nunca é demais

Como os relacionamentos foram afetados pelos fenômenos digitais?

Segundo os especialistas, a tecnologia mudou a maneira como os relacionamentos são construídos e desenvolvidos. Ferramentas como Tinder ou Happn ampliam a possibilidade de conhecer pessoas com os mesmos gostos de forma quase imediata.

Você tem inúmeras possibilidades na ponta dos dedos. Dessa forma, podemos ver vários fenômenos digitais diferentes: pessoas que nunca se conheceram, se apaixonam virtualmente.

Qual o impacto nos relacionamentos?

Por outro lado, embora os fenômenos digitais e a tecnologia possam unir duas almas gêmeas, o aumento acelerado em seu uso mudou a maneira como as relações estáveis ​​são mantidas e desenvolvidas. Há muito mais abertura e menos intimidade e há diferentes desafios a serem resolvidos, dizem os especialistas.

Isso gera um vício para poder acompanhar o que está acontecendo na vida dos outros, ver o que eles fazem e o que dizem. Tudo isso pode gerar insegurança, dependência e impacto nos relacionamentos.

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6 fenômenos digitais que atingem os casais da atualidade

1. Sexting

Dentre os fenômenos digitais, este é o mais conhecido. O termo é uma contração das palavras sex (sexo) e texting (mensagens de texto). De acordo com um estudo citado no PsyPost – que analisa as consequências desse hábito em vários tipos de relacionamentos – 8 em cada 10 pessoas experimentam o “sexting”.

Não é nada mais do que uma troca de fotos e/ou vídeos íntimos ou sexuais através de aplicativos como WhatsApp, Messenger ou qualquer rede social. É muito utilizado por casais que têm relacionamentos de longa distância.

Entre os aspectos positivos está o fato de poder apimentar o relacionamento e sair da rotina. No entanto, embora seja uma atividade muito interessante para os casais que a praticam, pode ser uma experiência de alto risco. Muitas vezes os usuários perdem o controle do conteúdo multimídia que enviam para seus contatos.

Como fazer?

Se você quiser realizar essa prática, tome muito cuidado com sua confidencialidade e converse com seu parceiro para que as fotografias não atinjam as pessoas erradas.

2. Revenge porn

De certa forma, está ligado ao item anterior. A pornografia de vingança (em inglês, revenge porn) é uma expressão que remete ao ato de expor publicamente, na Internet, fotos ou vídeos íntimos de terceiros, sem o consentimento dos mesmos.  Isto geralmente ocorre após o fim de um relacionamento amoroso, quando um dos envolvidos divulga cenas íntimas do outro como forma de “vingar-se” do antigo parceiro. Este é, provavelmente, o mais perigoso dos fenômenos digitais.

No Brasil, o ex-jogador de futebol e atualmente senador Romário apresentou, em outubro de 2013, um projeto de lei que transforma em crime a divulgação indevida de material íntimo. Além disso, em junho de 2015, o Google passou a aceitar pedidos de usuários para remoção de buscas que tenham relação com pornografia de vingança.

O que fazer?

Primeiro de tudo, evite enviar vídeos ou fotografias que possam te identificar, porque a pessoa que hoje se parece com a sua cara metade, pode amanhã se tornar seu pesadelo completo. Além disso, se você estiver sofrendo com o revenge porn, procure imediatamente a polícia.

3. Phubbing

Este termo – uma mistura entre as palavras “phone” (telefone) e “snubbing” – descreve “o desprezo pelo casal em favor da tecnologia”. Quantas vezes você sentiu que seu parceiro te ignora por estar com o celular? Muitas? Isso é phubbing, o ato de ignorar uma pessoa e o próprio ambiente, concentrando-se na tecnologia móvel. Seu impacto sobre relacionamentos é negativo, como confirmado por diversos estudos.

Uma pessoa que gasta muito tempo com o seu telefone faz o seu parceiro se sentir menos satisfeito e também faz com que ele se sinta menos importante.

O que fazer?

Se você não quer que a phubbing afete sua vida amorosa, tente se desconectar mais. Dessa forma, você aprenderá a se reconectar com seu parceiro e poderá viver o momento sem ansiedade ou preocupações tecnológicas.

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4. Ghosting

Esse hábito se expandiu tanto em relacionamentos sentimentais quanto em amizade. Embora o smartphone acelere a comunicação e tenha sido criado, entre outras coisas, para manter seus usuários conectados, ele também oferece a opção de desaparecer da vida de outro indivíduo.

Não responder mensagens, bloquear contatos ou desaparecer das redes sociais. Estas são algumas das ações que se referem à prática de ghosting.

De acordo com uma publicação de Verne, é uma atitude que muitas vezes causa remorso naqueles que a aplicam e efeitos negativos na autestima daqueles que a recebem.

5. Nomofobia

É o medo irracional que uma pessoa pode experimentar quando seu celular não está por perto. Quem sofre apresenta sintomas como ansiedade, dor de cabeça, taquicardia e até depressão.

Como a nomofobia afeta os relacionamentos? Segundo alguns estudos, essa prática faz com que a felicidade dependa de uma mensagem, ligação ou alguma interação nas redes sociais com o casal. Aqui a atenção é através da tecnologia e quando não está presente, surgem inseguranças.

A nomofobia pode gerar maiores inseguranças e total dependência. O simples fato de sair de casa sem o dispositivo pode provocar o desespero. O termo vem das palavras no-mobile-phone phobia

O que fazer?

A sugestão é aumentar o contato físico e a comunicação verbal com a pessoa que você ama. Além disso, busque separar a maneira como você se relaciona intimamente com seu parceiro através do contato físico e da comunicação verbal. Assim, você não vai desenvolver uma obsessão por saber tudo sobre ele através das redes sociais.

6. Breadcrumbing

O ghoster, repentinamente, reaparece para desaparecer de novo. Este termo provém do inglês, da palavra breadcrumb, que significa migalhas de pão. Ou seja, esse comportamento é posto em prática por pessoas que enviam sinais mínimos ao parceiro ou amante, para que ele saiba que continuam ali, dando esperanças de que a relação possa progredir. No entanto, quem faz sabe que isso nunca vai acontecer.

Por que as pessoas praticam esse tipo de coisa? É como perguntar por que as pessoas são terríveis – há muitas razões possíveis. É uma maneira de manter uma perspectiva de namoro em espera.  É como um tipo de jogo: quando uma pessoa não está interessada em você, mas interessada em se manter relevante para você.

O breadcrumbing pode ser especialmente enfurecedor se você estiver em busca de uma conexão genuína. Eles desperdiçam seu tempo e introduzem um senso de falsidade e você realmente acredita que há uma conexão entre os dois.

O que fazer?

Se você estiver passando por essa situação, corte agora. Esclareça que você conhece este jogo e não está interessada. Vá embora e continue andando. Não há reabilitação para um ego necessitado de atenção.  Cortar alguém que esteja amarrando deixará tudo muito mais fácil para você a longo prazo.

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Cuidado nunca é demais

Como eu disse lá em cima, a tecnologia pode ajudar muito as pessoas a encontrarem companhia, porém é preciso ficar atenta. Esses fenômenos digitais podem ser diretamente responsáveis por decepções e você pode sair machucada de um relacionamento. Por isso, fique atenta, cuide da sua segurança e não jogue todas as suas esperanças em alguém que pode não valer a pena no final.

Gostou do nosso texto sobre os 6 fenômenos digitais que afetam o relacionamento? Já sofreu com algum deles? Deixe seu depoimento nos comentários. Vai ser um prazer conversar com você!

Super beijo!

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Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.