Você já ouviu alguém falar que a geração atual não sabe o que é amor? Que o amor verdadeiro se perdeu com o passar dos anos e somente as gerações mais antigas realmente sabem o que é esse sentimento? Extremismos a parte, realmente a ideia de amor mudou com o passar dos anos. O modo como as pessoas lidavam com esse sentimento antigamente não é o mesmo como acontece hoje. No entanto, será que isso é uma coisa ruim? Hoje vamos ver como a ideia de amor tem mudado de uma geração para outra e descobrir como isso afeta as nossas vidas. Está preparada?

No texto de hoje vamos abordar os seguintes tópicos:

  • Ah, o amor! O que realmente sabemos sobre ele?
  • Como o amor era visto pelas gerações passadas
  • Como o amor é visto hoje
  • Será que perdemos algo no meio do caminho?
  • A verdade sobre o amor
  • Algumas dicas
  • Afinal, a ideia de amor está piorando ou melhorando?
  • Construindo um relacionamento duradouro

Ah, o amor! O que realmente sabemos sobre ele?

O amor é provavelmente um dos sentimentos mais preciosos e desejados pelo ser humano. Através de poemas, livros, peças de teatro e música, podemos perceber que as pessoas sempre estão em uma busca incessante atrás desse sentimento que consegue dar sentido a muitas vidas.

Quando pensamos na forma como nossos avós e nossos pais encontraram o que eles chamam de amor, vemos como esse sentimento era diferente (e talvez até mais simples!) do que é hoje em dia. Na nossa cabeça, as coisas eram bem menos complicadas, sem grandes surpresas. Será mesmo?

Como o amor era visto pelas gerações passadas

Uma visão romântica

Já ouvi muitas pessoas falarem sobre o romantismo das gerações passadas, em como o amor era valorizado. Provavelmente essas pessoas têm em mente uma visão hollywoodiana de casais de filmes como “Diário de Uma Paixão”, que se conheceram quando eram adolescentes, enfrentaram todas as dificuldades para ficarem juntos e se amaram até a velhice. Muito bonito, mas na vida real nem sempre funciona assim, e tudo bem!

A proximidade afetava as relações

a impressão que temos é que antigamente as relações eram bem simples. As pessoas se casavam mais cedo, com aqueles que moravam próximo e que eram escolhidos (ou aceitos) por suas famílias. Entre as coisas que faziam o romance ser diferente, estava a tecnologia que ainda não dominava o cotidiano – celulares, por exemplo, não existiam.

Também não havia muita opção de transporte, mesmo de transporte público. Isso fazia com que as pessoas acabassem se casando com aquelas que viviam na mesma vizinhança, na mesma cidade.

A influência da família e da sociedade

As famílias também eram muito influentes nessa escolha. Elas poderiam optar – e serem ouvidas – em relação a qual marido a filha escolheria. Costumavam escolher aqueles que tinham um emprego respeitado e uma reputação boa na sociedade. A partir disso nós podemos entender que nossos avós e bisavós tinham menos opções e procuravam em seus bairros, além de terem começado a se casar bem mais cedo.

Pressão social

Antes, os casais sofriam mais pressão social para se casar. As pessoas costumavam se juntar a alguém por uma razão considerada mais “simples”: havia a pressão social para que elas se casassem depois de uma certa idade. Parece um cenário estranho, mas isso só prova como a ideia de amor tem mudado de uma geração para outra.

Divórcio?

Apesar de tudo ser muito simples e muito prático, a questão do amor não era primordial na hora de escolher um marido ou uma esposa. Se a família não aprovasse o candidato, dificilmente haveria a união entre os apaixonados. A mulher tinha que aceitar o marido escolhido pela família e se resignar a um casamento sem amor.

Se a mulher fosse infeliz no casamento, teria que aguentar e se contentar em ser feliz cuidando dos filhos e da casa porque o divórcio era impensável na época. As que ousavam desafiar e enfrentar a sociedade ficavam mal faladas. Era a época da mulher submissa ao marido.

divorcio

Como o amor é visto hoje

Como a ideia de amor tem mudado de uma geração para outra

Hoje em dia isso mudou muito, não é? As pessoas querem coisas diferentes: elas querem uma relação mais profunda. Hoje em dia as pessoas se casam porque encontraram uma pessoa que realmente gostam e que transmite a sensação de que com elas são “mais completas”.

A pressão social, ainda que exista, não é a causa principal para que os casais comecem a formar suas famílias. Agora podemos casar por amor, mas colocamos mais pressão romântica sobre os nossos parceiros. Isso mostra como a ideia de amor tem mudado de uma geração para outra.

Tecnologia a nosso favor

Além da quantidade de possíveis parceiros que encontramos nos encontros da vida real, ainda existem aplicativos como o Tinder e o Happn que te dão acesso instantâneo a centenas de pessoas que estão solteiras! Muitos afirmam que esta abordagem para namoro realmente funciona. Então, por que tantas pessoas reclamam que o amor hoje em dia é muito frustrante e complicado, quando a tecnologia deveria facilitar?

Esta geração é muito mais focada em si mesma do que as gerações anteriores. Em uma cultura de encontros casuais, noites sem compromisso e amizades coloridas, encontrar alguém para namorar sério pode ser difícil.

Expectativas

As mudanças afetaram o que a gente espera dos nossos parceiros. Antes, com razões mais “simples”, a expectativa sobre o outro também era menor. Agora, já que casamos por amor, existe uma pressão que antigamente não existia sobre o nosso parceiro; parece que ele precisa preencher várias áreas da sua vida, para que você se torne completa.

Eles devem cumprir todas as nossas necessidades: queremos que eles sejam divertidos, confiáveis, que nos transmitam segurança, que sejam amáveis e cheios de surpresa; que nos entendam e que sejam ótimos no sexo. Com isso, podemos manter as coisas interessantes e continuar com eles.

Relações descartáveis

Nós também queremos paixão e o parceiro de vida perfeito que nos completa, nos dá identidade, mistério e admiração e nos faz verdadeiramente felizes. Algumas pessoas declaram que estão procurando sua alma gêmea e se recusam a se contentar com “qualquer coisa”. Colocamos na cabeça que a perfeição é alcançável, quando na realidade não é. Ninguém é perfeito.

Então, em vez de investir em uma relação que poderia dar certo, as pessoas descartam umas às outras. Se a pessoa não corresponder ao nosso ideal, simplesmente a jogamos fora, afinal, tem tantas outras pessoas no mundo que podem se encaixar no molde que imaginamos. Porém, essas pessoas descartadas poderiam muito bem ser a companhia ideal e você, por estar presa a padrões que criou na sua cabeça, não enxerga.

Jogamos fora, ao invés de consertar

Quando alguma coisa lá em casa tinha algum defeito, minha mãe sempre dava um jeito de consertar. Não era questão de não ter dinheiro para um novo, mas sim de não querer jogar fora algo que ainda poderia servir. Era só ter um pouco de paciência.

Já nós, agimos de forma totalmente diferente. Somos da geração de substituir o velho pelo novo. Se o seu celular der um defeito, você vai preferir comprar outro, ao invés de consertar. Não temos paciência para esperar e ver qual o problema, nós preferimos jogar fora. Fazemos o mesmo com nossos relacionamentos. Não tentamos “consertar”, jogamos fora e partimos para outra.

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Será que perdemos algo no meio do caminho?

Quando vejo um casal como Glória Menezes e Tarcisio Meira, que estão casados há mais de 50 anos, fico me perguntando se essa nova geração conseguiria manter um casamento assim. Em várias entrevistas, os dois ressaltam o fato de terem aceitado as qualidades e defeitos um do outro e exaltam o fato de serem amigos e companheiros. Foi um casamento construído com o esforço dos dois. Eles têm algo que as atuais gerações estão perdendo: a vontade de lutar pelo relacionamento.

A verdade sobre o amor

A verdade é que o amor é confuso. Ele é tão incrivelmente complexo que a maioria das pessoas simplesmente não conseguiu entender isso. A verdadeira questão é: ficamos melhores ou piores no amor? Essa é uma pergunta que não consigo responder, mas temo que para muitas pessoas, talvez a segunda opção seja a resposta.

Claro, cada indivíduo é diferente , mas a maioria das pessoas parece estar incrivelmente perdida. Se não entendemos melhor o amor – seu propósito, seus limites e suas deficiências – nunca seremos felizes.

Algumas dicas

Conheça as pessoas por mais tempo

Muita gente vai a um encontro e depois percebe que não tem nada a ver com a pessoa. Provavelmente você ou alguém que você conhece já quis ir embora de um encontro que considerou ‘desastroso’ porque não gostou da pessoa. Porém, por mais comum que isso seja, é preciso lembrar de que nem sempre as nossas primeiras impressões estão corretas. Somos criaturas complexas e pode demorar um tempo para que consigamos entender alguém.

Tenha paciência

E já que hoje em dia as nossas opções de pessoas são muitas, nós temos a tendência a perder a paciência quando a pessoa não é o que a gente espera logo de cara. Às vezes, temos a certeza de que não gostamos de alguém depois de apenas uma ou duas horas com ela, e temos que admitir que isso é muito duro – as pessoas são complexas e complicadas e não conseguimos entender ninguém com tão pouco tempo.

Muita gente precisa de um tempo para conhecer onde está pisando e, só depois, começar a ser confiante e extrovertido. Dê uma chance a mais a essas pessoas, você pode se surpreender.

Número de encontros

Uma outra coisa a se pensar é o número de encontros que você vai. Em vez de ir para uma quantidade absurda de encontros ou ficar com muita gente, por que não sair mais de uma vez com alguém que você gostou de verdade?

Se você deu vários matches em algum aplicativo, em vez de marcar encontros com dez pessoas, por que não simplesmente marcar de sair com três e focar nessas pessoas antes de procurar mais gente? Pode ser mais vantajoso para você!

ideia de amor

Afinal, a ideia de amor está piorando ou melhorando?

Hoje em dia, temos mais liberdade para escolher como vivemos nossas vidas. Nós criamos nossas próprias regras e temos muitas opções em como desejamos interagir com parceiros românticos (uma prova incontestável que mostra como a ideia de amor tem mudado de uma geração para outra).

O amor no mundo de hoje é um labirinto, mas isso não significa que ele ainda não aconteça. Aproveite essa liberdade que a nossa geração oferece e procure um amor que dure tanto como nas gerações passadas, porém com toda a sensualidade e companheirismo que nós tanto apreciamos em um parceiro. Com certeza tem alguém por aí que combine muito com você

Construindo um relacionamento duradouro

Você já viu que a ideia de amor mudou e muitas mulheres ainda não conseguiram se adaptar. Elas têm dificuldade para se relacionar com outras pessoas e se sentem inseguras e infelizes. Para ajudar essas e muitas outras mulheres eu criei a Semana da Mulher Bem Resolvida. E hoje eu quero te convidar para conhecer esse programa que já ajudou milhares de pessoas.

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Texto de Cátia Damasceno

Cátia Damasceno é Fisioterapeuta especializada em uroginecologia, coach, palestrante e idealizadora do Programa Mulheres Bem Resolvidas.